2 de out. de 2011

Professores em greve acampam na assembleia legislativa do CE

Professores em greve acampam na assembleia legislativa do CE
28 de setembro de 2011 15h44
 
Em greve há quase dois meses, os professores estaduais ocuparam a Assembleia Legislativa para cobrar o pagamento do piso nacional. Foto: Omar Jacob/Especial para Terra

Em greve há quase dois meses, os professores estaduais ocuparam a Assembleia Legislativa para cobrar o pagamento do piso nacional
Foto: Omar Jacob/Especial para Terra

Omar Jacob
Direto de Fortaleza

Centenas de professores ocuparam o saguão de entrada da Assembleia Legislativa do Ceará nesta quarta-feira. Eles protestam pela implantação da lei do piso nacional do magistério, que determina um salário básico de R$ 1.187, e contra uma proposta do governo do Estado enviada esta manhã para a casa legislativa, propondo dois tipos de carreiras para os educadores. A categoria está em greve desde o dia 5 de agosto.

Para pressionar o governo e os deputados, os professores prometeram permanecer acampados no local e fazer greve de fome. "É uma atitude extremada para uma situação extremada. Nós vamos até as últimas consequências por amor à educação e por respeito a sociedade", disse a professora Laura Lobato.

A manifestação começou no Palácio da Abolição, em Fortaleza, sede do executivo estadual. Com faixas, cartazes e palavras de ordem, os professores bloquearam o trânsito. Com a notícia de que o governador Cid Gomes tinha enviado uma mensagem à Assembleia Legislativa, propondo aos deputados a divisão da carreira dos educadores, os manifestantes sairam em caminhada até a sede do legislativa.

Na chegada, os docentes foram recepcionados pelo batalhão de choque da Polícia Militar, mas não houve confronto. O saguão da Assembleia Legilsativa, no entanto, foi ocupado por centenas de professores que prometem fazer vigília no local até que os deputados rejeitem a proposta do governo. Além do pagamento do piso nacional, eles exigem melhores condições de trabalho e o direito a um terço na jornada reservada para atividades extra classe, como planejamento de aulas e correção de provas.

Suspensão da greve
No dia 26 de agosto o desembargador Emanuel Leite Albuquerque, do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE), determinou pela primeira vez a suspensão da greve dos professores sob pena de multa de R$ 10 mil ao sindicato da categoria e de desconto dos dias não trabalhados aos professores. O sindicato recorreu da decisão, mas no último dia 19 o desembargador voltou a ordenar a suspensão do movimento. Apesar da ordem judicial, a categoria decidiu na última sexta feira permanecer com a paralisação.

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