25 de julho de 2011 • 07h53

Public Enemy se apresentou no Black na Cena, em São Paulo
Foto: Léo Pinheiro/Terra
Os rappers Redman e Method Man (vestido com uma camiseta do Brasil) foram os responsáveis neste domingo (24) por encerrar o festival Black na Cena que desde sexa-feira (22) reuniu na Arena Anhembi, em São Paulo, 27 mil pessoas - a aposta da organização era 50 mil, quase a lotação máxima do espaço. Passaram pelos dois palcos da atração expoentes das músicas brasileira e internacional. Este último dia foi o mais movimentado: 12 mil pessoas se reuniram na celebração que teve Russo e Bocage, Sandrão RZO, Thaíde e Funk Como Le Gusta, Naughty by Nature e Racionais MC"s.
Nos dois primeiros dias, o horário dos shows foi respeitado - poucos foram os concertos que começaram com mais de cinco minutos fora do horário anunciado. Apesar de a organização não divulgar o motivo, apenas nesse último dia é que o controle fugiu: Racionais MC"s, por exemplo, apresentou-se com meia hora de atraso e Method Man subiu ao palco por volta das 20h30, mais de uma depois do horário previsto e emendou a "festa" de encerramento com Redman, às 21h30, que se jogou (de "mosh") no meio da plateia logo nos primeiros minutos de sua apresentação.
Outro problema enfrentado no show dos Racionais foi o áudio: microfonia e som baixo fizeram com que o grupo interrompesse sua performance na terceira música, atendendo a um pedido do público, que não conseguia ouvir suas canções. O problema foi solucionado em menos de cinco minutos, e posseguiram com o rap.
No primeiro dia, segundo dados preliminares da organização, cerca de sete mil pessoas foram conferir os shows de Farufyno, Tony Tornado, Baile do Simonal, Sandra de Sá, Seu Jorge e George Clinton. Já no sábado (23) - com shows de Xis, Lee "Scratch" Perry, Marcelo Yuka, Public Enemy, Banda Black Rio (e convidados: ) - a estimativa era de oito mil pessoas, distribuídas nas pistas comum e VIP. Se na primeira noite não houve lotação máxima, a pista VIP esteve ainda mais vazia nos dias seguintes, o que pode fazer com que a organização repense a estratégia para uma possível próxima edição, confirmada pela produção ao Terra.
Risco calculado
De acordo com a porta-voz do evento, Melissa Sayon, o Black na Cena foi pensado para mostrar ao mercado que São Paulo poderia receber um festival dessa magnitude: "o mais importante é receber uma comemoração voltada à cultura afro na música como um todo. Ele transita em diversos ritmos, que vao do hip hop até o funk, passando pelo samba-rock. É uma celebração à diversidade cultural do brasileiro".
A podutora quer que o Black na Cena entre para o calendário de inverno da cidade de São Paulo. "Nesse primeiro ano, ele foi idealizado justamente para mostrar como é possível reunir 21 atrações nacionais e internacionais com qualidade técnica, de primeiro mundo. Houve um investimento na marca para garantir a continuidade para os próximos anos", garantiu ela, enfatizando que não houve prejuízo financeiro porquea bilheteria pagou evento.
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