08 de agosto de 2011 • 13h41 • atualizado às 13h46
Aguinaldo Silva escreveu a mensagem em seu perfil oficial no Twitter
Foto: Twitter/Reprodução
O autor de telenovelas Aguinaldo Silva afirmou, por meio de seu Twitter oficial, que os vilões dos folhetins atuais estão cada vez mais pervertidos, ou seja, fazendo maldades sem motivos claros, e usou Léo, de Insensato Coração, para exemplificar sua tese.
"Desde que Flora (de A Favorita) saiu por aí a praticar todo tipo de maldades sem ter nenhum motivo credível para isso, os vilões das novelas mudaram. O vilão de Insensato Coração no começo tinha até motivo: provar ao pai que não era tão ruim quanto ele achava. Um dia minha empregada disse: "se ele quer provar ao pai que não é ruim, então por que faz tantas maldades?" Ou seja, sua causa era duvidosa", apontou o autor da próxima novela das nove, Fina Estampa.
Ainda no Twitter, Aguinaldo disse que, certa vez, ao fazer esse comentário sobre os antagonistas, algumas pessoas argumentaram que vilões "são assim mesmo" e citaram duas das mais famosas de suas novelas: Odete Roitiman e Nazaré Tedesco, de Vale Tudo e Senhora do Destino, respectivamente, para comprovar que não há tal perversão.
"Odete Roitman queria preservar os valores em que acreditava, e para isso, precisava encaminhar na vida o filho, que não passava de um fraco. Nazaré queria provar ao mundo que mãe não é quem pariu, mas quem criou e tratou a cria com todo o amor do mundo. Assim, tanto Nazaré como Odete tinham motivos que faziam o telespectador pensar: "ah, agora eu entendi porque elas são desse jeito"", rebateu.
Na opinião de Aguinaldo Silva, assim como as ações dos mocinhos, a dos vilões também devem ter alguma justificativa. "Vou dizer a vocês o que torna um vilão pervertido: é quando ele pratica todo tipo de maldades sem ter uma causa que as justifique. Pois, assim como os heróis da novela, os bons vilões têm uma causa que precisam levar a bom termo", explicou. "É isso que eu chamo de perversão nas novelas atuais, o fato que os autores deixam seus vilões fazerem maldades gratuitamente, sem motivo".
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